Patrícia Bispo – RH.com.br
O fluxo de informações seguras no ambiente organizacional é um diferencial significativo para qualquer empresa e fecha as portas para os boatos que, normalmente, geram resultados negativos para as organizações. Isso porque não eiste quem consiga trabalhar tranquilo ao ouvir rumores “preocupantes” como, por exemplo, que haverá demissão em massa ou até processos de inovação que exigirão quebras de paradigmas. Abaixo, destaco algumas razões para que a empresa mantenha sempre uma comunicação interna eficaz com seus profissionais.
1 – Não há nada mais desconfortável do que chegar ao trabalho e escutar existe a possibilidade de que ocorram desligamentos em curto e médio prazo. Isso faz com que o mais dedicado profissional desvie sua atenção das atividades laborais para ficar com aquele terrível pensamento em sua mente: “Serei o próximo?”. Certamente, a produtividade será prejudicada.
2 – Quando um boato ganha forças dentro da empresa, ele ultrapassa os portões da companhia. Como? Basta apenas o colaborador seguir para sua residência e a preocupação irá acompanhá-lo. E quando isso ocorre, além do sofrimento gerado ao profissional, a sua família também sentirá os reflexos negativos, porque ele chegará estressado e provavelmente passada a tensão para o cônjuge e os filhos. Resultado: a qualidade de vida cai tanto no ambiente de trabalho quanto no campo pessoal.
3 – Se um boato é capaz de abalar um funcionário, também tem “força” para se estender entre os demais profissionais que atuam na empresa. O reflexo será perceptível pelos gestores a “olho nu”, pois sentirá que entre as equipes as pessoas estão tensas, com a mente longe (presenteísmo) e quando têm oportunidade conversam de forma “desconfiada”.
4 – Uma vez instalado um boato em um departamento, é questão de dias ou mesmo horas para que o mesmo se propague em outros setores e em curto espaço de tempo todos sejam contaminados pelo sentimento de medo e de dúvidas sobre “como será o amanhã”.
5 – Enquanto há aqueles profissionais que se limitam a desperdiçarem suas horas de trabalho com o “disse me disse” que percorre toda a empresa, existem outros que não perdem tempo e logo entram em contato com a rede de relacionamentos. O motivo? O surgimento de novas oportunidades que podem ser abraçadas, antes mesmo que o barco afunde. Com isso, a empresa perde talentos que farão significativa diferença para o negócio da empresa.
6 – É bom lembrar que quando um profissional desliga-se de uma organização, ele leva consigo toda a sua bagagem de conhecimento adquirida ao longo do tempo em que atuou na empresa. E até que alguém preencha a vaga em aberto, a empresa perderá não apenas tempo e gastos com uma nova seleção.
7 – Contudo, a questão acima pode ser evitada. É bom não cair no esquecimento de que uma boa comunicação não apenas ajuda a reter talentos, mas também atrair outros profissionais que agreguem valor ao negócio. Hoje, observa-se uma preocupação de muitos profissionais em fazerem parte de uma organização que proporcione segurança e clareza sobre assuntos relacionados ao ambiente corporativo e nunca os deixe com uma “nuvem escuras” sob suas mentes.
8 – Mas como evitar que rumores afetem o equilíbrio corporativo. Vale nesse momento que os canais de comunicação da empresa devem ser considerados “pontes” estratégicas entre empresa e funcionários. Através de murais, informes periódicos, intranet, e-mails corporativos é possível garantir uma comunicação clara, efetiva e assegurar a credibilidade da companhia diante seu quadro funcional.
9 – Vale lembrar que os canais de comunicação também são representados pelos gestores. Ou seja, através das lideranças as informações chegam aos colaboradores sem distorções que comprometam a rotina de uma companhia. É de grande valor, nesse momento, valorizar a relação face a face de forma contínua e não esporádica.
10 – Quando a empresa mantém uma comunicação clara com os seus talentos, a organização também fortalece o relacionamento com todos os seus todos seus stakeholders. Isso acontece porque os profissionais mantêm contato direto os stakeholders, e esses sentem a segurança ou não de quem atua na corporação.