Por: Mariane Bom
Em geral, encontrados em grandes quantidades. Não apresentam diferenciação por não possuírem valor agregado, marca de referência ou serviço que os diferencie e têm pouca elaboração, estando em estado bruto. Essa é a definição de commodity; em tradução literal, mercadoria. Conhece alguém no seu trabalho que tenha essas características?
Em 2010, formaram-se 950 mil pessoas em cursos de nível superior, apenas no Brasil. O número de mestres e doutores titulados no país dobrou nos últimos dez anos. Ou seja, o que até a pouco tempo era diferencial, transformou-se em essencial para boa parte das profissões. E, por ser tão importante, tornou-se a meta de milhares de pessoas, nivelando-as em relação às condições técnicas.
Para fugir dessa mesmice, é necessário ter valor agregado, que significa, para a empresa, conhecimento embutido num produto, serviço ou processo. E o que isso representa para o profissional? Estar orientado para o cliente, utilizando o conjunto de competências necessárias para atendê-lo, é o que gera um valor adicional à qualidade do trabalhador.
Segundo Eigenheer Top Management, para ter essas competências existem habilidades-chave, que são: habilidades não específicas de um negócio – como digitar -, as capacidades que são raras, mas não específicas de um negócio – uma empresa de sistemas precisa mais de um alto especialista em TI do que uma empresa de alimentos, por exemplo – e as competências “chave” – em cima das quais a empresa é construída. Ainda segundo a empresa de recrutamento e seleção, o domínio destas habilidades fará com que as pessoas se enquadrem no grupo das difíceis de substituir e com alto valor agregado.
Além disso, é necessário que o profissional se diferencie dos demais, mostrando-se único. A distinção se dá pelo conjunto de conhecimentos técnicos, atualização constante, habilidades comportamentais e boa rede contatos. Afinal, não basta ter um currículo recheado de cursos, é preciso ser capaz de aplicar o conhecimento adquirido, atualizando-o sempre, aliando a isso, um comportamento adequado e aplicando o networking – e isso, cada indivíduo faz de maneira singular.
Como foi dito, a commodity está em estado bruto, por isso, é propensa a ser transformada ao longo dos processos fabris. Da mesma forma, o profissional pode se lapidar, mudar e progredir, não sendo somente mais um na grande massa e ganhando o seu merecido destaque.