A chamada “carreira em Y” é um conceito de plano de carreira adotado pelas empresas que prezam pelas políticas de gestão e retenção de talentos. Para Marcelo, este conceito não tem nada a ver com a famosa “geração Y”.
Segundo o professor, o nome “carreira em Y” é uma alusão ao formato da letra Y, uma linha reta que se bifurca num determinado momento. Por muito tempo, as empresas e os profissionais só tinham um plano de crescimento individual: em um determinado momento o bom funcionário com alguns anos de casa assumiria uma gerência, diretoria e assim por diante. Teria como responsabilidade gerenciar uma equipe, participar de decisões mais estratégicas e voltadas para os resultados financeiros da empresa.
Nas últimas décadas, a necessidade de inovação para tornarem as empresas competitivas no mercado valorizou os profissionais que tinham uma excelente performance como desenvolvedores de projetos, uma trajetória acadêmica de peso, um perfil para pesquisa e planejamento, mas, não necessariamente de liderança de equipe. A importância desse profissional cresceu. Um “especialista” passou a ser muito mais valorizado para o lançamento de novos produtos e novos serviços no mercado. Aumentou-se o respeito à vocação, considerando que, certamente, para ser mais bem remunerado, o único caminho não é a gerência.
Neste cenário, os RHs passaram a adotar o plano de carreira em Y. Ou seja, a partir de um acompanhamento da trajetória do profissional, pode-se mapear com antecedência se ele ocupará um papel de líder de equipe ou de um especialista. A diferença é que, como especialista, ele também terá os mesmos benefícios e remuneração de outros colegas cujo talento é mais propício para liderar subordinados.
Se o perfil do profissional é motivar, inspirar, conseguir bons resultados com a sua liderança, trata-se de um candidato nato para cargos de direção. Se ele prefere gastar horas à procura de uma solução, realizar pesquisas para criar inovações que impactem positivamente a empresa, com certeza trata-se de um especialista. Ambos os profissionais devem ser valorizados.
Preparação para o mercado de trabalho
A formação de um profissional nas instituições de Ensino Superior é uma tarefa de alta complexidade. Visa-se à formação de profissionais capacitados a atuar num mercado de trabalho sujeito a transformações aceleradas, oferecendo-lhes uma formação fundamental ampla em computação e uma formação de empreendedor para garantir sua sobrevivência profissional futura. A formação deve capacitar o profissional para a solução de problemas do mundo real, por meio da construção de modelos computacionais e de sua implementação. O futuro profissional deve ter condições de assumir um papel de agente transformador do mercado, sendo capaz de provocar mudanças através da agregação de novas tecnologias na solução dos problemas.
Segundo o professor Marcelo Rodrigues, atualmente a UFU apresenta três cursos de formação em computação: em Uberlândia, estão os cursos de Sistema de Informação (antigo Análise de Sistemas), com 120 vagas anuais no período noturno, e Ciência da Computação, com 80 vagas anuais no período diurno. Em Monte Carmelo, há o Sistemas de Informação, com 60 vagas no período diurno. Todavia, há uma grande demanda por profissionais. “Os cursos apresentam currículos modernos, os egressos são muito bem recebidos pelo mercado de trabalho, mas muito ainda falta para ser realizado, principalmente no desenvolvimento das habilidades de inovação tecnológica. Necessitamos de alunos com grande capacidade de aprendizagem. Para esses, o caminho profissional futuro não apresenta limites”, conclui Marcelo.
Fonte: http://www.algartecnologia.com.br/portugues/noticias/em-noticia/negocios/carreira-y/